Carapau, por prof. Neca

O professor Neca, treinador do Desportivo das Aves, defende o sistema "4x3x3 dos pobres": "Quando não se pode ter lagosta, tem que se dar mobilidade ao carapau".

Eu, flatulência!!

"Tendo problemas de flatulência, o Jorge Nuno, de vez em quando, descuidava-se em cerimónias oficiais, levando-me a acender, de imediato, um cigarro para disfarçar o odor".

Palavras extraídas de um conjunto de folhas impressas da autoria de Carolina Salgado, ex-mulher de Pinto da Costa, ex-trabalhadora do Calor da Noite e ex-fumadora compulsiva.

- Flatulência: acumulação de ar no sistema digestivo; ventosidade; histerismo.

João Ferreira corrido da tropa

O árbitro-militar João Ferreira foi afastado esta semana das Forças Armadas, já que as altas patentes consideraram que “o indivíduo constitui um perigo público devido à sua falta de visão”.

Fontes muitíssimo próximas da tropa revelaram ao Andaime que “o afastamento do Pitosga [nome de guerra de João Ferreira] era inevitável”, tendo em conta que recentemente foi largado a 5 metros da Torre de Belém durante um exercício, mas comunicou sempre à base que não conseguia vislumbrar tal monumento, chegando mesmo a afirmar que estava no Portugal dos Pequenitos.

Mais tarde, durante o mesmo exercício, um helicóptero da Força Aérea tentou resgatar João Ferreira do local por diversas vezes, mas sem sucesso, uma vez que o auto intitulado árbitro também não conseguia avistar tal aeronave.

“Por azar, o Pitosga não se finou. O helicóptero tentou aterrar várias vezes, mas o João nunca permitiu. Colocou-se sempre milimetricamente no local de aterragem, e até podia ter ficado como uma fatia de fiambre, já que só se orienta minimamente através da audição”, explicou ao Andaime um soldado próximo do Pitosga.

Questionado sobre o facto de ter dito “por azar” em vez de “por sorte”, o soldado foi explícito: “O Pitosga põe a minha vida em perigo a cada missão. Por exemplo, uma vez estávamos algures no meio do deserto e, quando chegou a hora da refeição, o gajo pôs o feijão e o arroz em cima de uma mina a pensar que era uma malga”.

Estamos vivos, gordos e sóbrios!!!

Depois do incidente dos “cartoons” de Maomé terem tomado conta dos meios de comunicação, durante várias semanas, O Andaime foi alvo de um ataque por parte de duas freiras católicas, autoras de desenhos sacrílegos que utilizavam para seu deleite pessoal, e que o nosso blogue se preparava para revelar.

Os seus dois redactores foram sequestrados e levados para a morgue do que julgam ser um convento do século XIII e foram obrigados a provar todos as receitas dos livros da Maria de Lurdes Modesto até ficarem míopes de não poderem ver mais comida à frente.

Lamentamos o tempo que estivemos fora. Depois de tão pesada tortura, tivemos que submeter-nos a um estrito regime alimentar, e largar temporariamente todas as bebidas fermentadas – que, desde irlandesas a mexicanas, estiveram na origem deste distinto meio de informação.

Por outro lado, lamentamos que “certos e determinados” blogues nos tenham atirado para o caixote dos muribundos ou defuntos e não tenham tomado uma posição pró-activa na tentativa de apurar a razão da nossa improvável ausência.

Estamos vivos, gordos e sóbrios!!!

O Monumento

O Andaime não costuma escrever sobre futebol, mas o frango de Vítor Baía desta noite é tão incontornável como as 2567 rotundas de Viseu.

No momento em que escrevemos ainda faltam mais 45 minutos de partida. Mas, mesmo que o FC Porto consiga dar a volta ao resultado, a bola para um lado guarda-redes para o outro já é o lance da noite.

As explicações para tamanho monumento já se multiplicam. Aceitam-se sugestões além das seguintes:

1 – Foi apenas mais um frango do guarda-redes portista.

2 – Scolari telefonou ao Vítor e pediu-lhe que fizesse o favor de acabar de uma vez por todas com a polémica das suas não convocatórias para a selecção.

3 – Tudo faz parte de um “complot” com Robert para mandar Adriaanse embora.

O Andaime apoia Correia de Campos

O Andaime está solidário com o nosso caríssimo ministro da Saúde, assim como com o PP, que estará de acordo com Correia de Campos quando o acesso universal e tendencialmente gratuito à saúde for varrido definitivamente da constituição.

Algumas razões que nos levam a apoiar a sugestão do governante:

1 – As listas de espera vão acabar. Por duas razões: há dinheiro, a nossa classe médica opera; não há dinheiro, o pessoal do burgo nem sequer tenta entrar na lista.

2- Vai travar a inflação no mercado imobiliário. O pessoal que não tem dinheiro para ser tratado mas tem uma casa sempre poderá vender um dos rins ou a casa (segundo as leis da sobrevivência tentará primeiro a casa). Com o aumento progressivo da oferta em relação à procura, o preço dos imóveis irá diminuir na inversa proporção do aumento dos casos de doença com necessidade de tratamento hospitalar – o que com o novo modelo de financiamento da saúde não será complicado de atingir.

3- Respeito pelas quotas traçadas por Quioto. O carro – um dos principais responsáveis pela emissão de gases poluentes – será cada vez menos uma realidade nas estradas portuguesas, assim que o pessoal perceber que pode trocar a mensalidade do Fiat Punto pela anuidade de um plano de saúde.

4- Novas oportunidades de negócio: Junte-se com os seus amigos e abra uma clínica! Ou, então, peça um empréstimo e invista em acções de uma seguradora (qualquer que seja o seu banco, ele tem uma).

5- Novas fortunas. Já não necessita de esperar mais 35 anos para herdar a fortuna dos seus parentes idosos. Bastará exibir-lhes o resultado da conversão de euros para escudos do preço da operação que necessitam para continuar a respirar sem aquelas pontadas no peito. Eles de certeza que irão preferir a morte...

6- Longevidade. Ninguém pode dizer que a proposta de Correia de Campos não é ecológica, uma vez que nos afastará de vez dos químicos e nos aproximará da nossa verdadeira natureza. Além disso, se Darwin tiver razão, a selecção natural tratará dos débeis e enjeitados antes que eles se consigam reproduzir e dentro de algumas gerações fará parecer Matusalém, ao pé de nós, um imberbe adolescente cheio de erupções cutâneas.

Já agora, abra um lar ou um albergue: todas as pessoas que tiverem que vender as suas casas para usufruírem do Serviço Nacional de Saúde terão de viver em algum lado.

Se nenhuma destas razões lhe abre perspectivas em relação ao futuro neste país, eis que poderá encontrar uma nova motivação para apoiar a sugestão de Correia de Campos: ela dar-lhe-á a coragem que nunca teve para, em vez de vender o carro, vender só a casa e emigrar.